O tema de hoje é muito especial para mim, vou falar de uma profissional do mundo da indústria têxtil do vestuário que eu respeito demais e que tem um espaço muito importante no nosso universo de confecção. Vai adorar eu explicando sobre Costureira Externa.

Também quero esclarecer algumas dúvidas que o pessoal tem quanto a algumas confusões entre facção e costureira externa. Muitas vezes são duas opções colocados como a mesma coisa, porém estou aqui para de uma vez por todas apresentar as diferenças e semelhanças.

Esse vídeo é para você, que é gerente de produção, é líder ou mesmo tem alguma responsabilidade na tomada de decisões da sua indústria têxtil do vestuário.

E claro, não quero faltar com respeito a essa profissional, todas as informações que vou apresentar aqui são completamente técnicas, visando a maioria, porém temos que ter em mente que sempre há as exceções nos grupos. Portanto, não vamos generalizar nada aqui, apenas apresentar os conceitos.

Quando o assunto é costureira externa, fico muito feliz devido a algumas experiências que tive ao longo de minha carreira.

E preciso destacar aqui, quando digo costureira, não estou fazendo jus ao gênero feminino ou dizendo que só existem mulheres como costureiras externas. Não forme opiniões precipitadas, é apenas porque é mais comum de se usar o termo costureiras do que costureiros.

No entanto, quanto aos profissionais interno e externo, você pode encontrar homens e mulheres, não se prenda ao gênero, é algo completamente regional. Cada região fabrica alguns produtos específicos e faz uso de maquinários específicos, tal como tem os profissionais seguindo a cultura do local.

Costureira Externa – Facção/Oficina x Costureira

         Sou um especialista em indústria de confecção e moda, tenho mais de 20 anos no mercado, atuando como consultor especialista, com foco em solucionar problemas de confecções de roupas facções/oficinas com índices de performances ruins.

Normalmente a costureira externa é um grupo pequeno de pessoas com algum tipo de parentesco. Por exemplo, esposa e marido, mãe e filha, irmãs etc. Nada de errado quanto a isso, pode variar entre 2 a 4 pessoas.

Nem preciso dizer que aqui o serviço é um pouco mais informal, ainda não estão no momento de ter várias máquinas com pouco com pouco envolvimento do serviço que entregam.

Esses grupos possuem certo domínio das máquinas que operam, porém é quase como uma pequena empresa que trabalham via de regra em suas casas. Tem grande potencial, porém temos que respeitar as condições de cada um dos grupos.

Já as facções possuem mais espaço, mais máquinas e mais pessoas.

Vale ressaltar, não estou desmerecendo a costureira externa, apenas os dois grupos estão em momentos diferentes da industrialização.

As empresas no geral precisam de alguns grupos pequenos para atender a pedidos pequenos,  talvez de clientes que precisem de certa velocidade para ser atendidos.

Normalmente você negocia com uma costureira externa uma quantidade x de peças para 15 dias. Algo como 200 a 300 peças. Já deixam negociados também o valor do pagamento e o prazo de pagamento.

Agora a facção tem uma quantidade de pessoas bem maior, algo como pelo menos 10 pessoas. Portanto podem atender a pedidos maiores.

 Como utilizar?

As empresas no geral trabalham com vários grupos de costureiras externas, algo como 4 a 5 grupos diferentes.

Elas resolvem as demandas pontuais que atrapalhariam seu planejamento e acabam sendo uma mão na roda no repertório de um gerente de confecção de roupas.

Porém dependendo da quantidade, chegamos na limitação desses grupos. Eles não servem para executar sua produção, e sim para demandas pontuais.

Para pedidos maiores, que vão ultrapassar sua capacidade produtiva é normal você utilizar facção/oficina, enquanto que os pedidos rápidos e pequenos, de clientes pontuais, você utiliza sua CTI, ou seus grupos de costureiras externas.