Eu tenho muita experiência de mercado e isso gera conexões de pensamentos bem diversas na minha cabeça. Então eu tenho pensamentos e ideias bem interessantes que as vezes fogem do que é comum no mercado, hoje por exemplo falaremos sobre Não é Meta, é Objetivo.

É um assunto que dá muito o que falar, mas por incrível que pareça, estava vendo os conteúdos de um profissional renomado da nossa área e ele apresentou a mesma linha de raciocínio que eu penso.

Fiquei intrigado sobre isso, afinal Não é Meta, é Objetivo, vai contrário ao que se acredita no mercado hoje. Porém se apenas eu pensava assim poderia ser loucura, agora se já somos duas pessoas, pode ter alguma genialidade no pensamento.

Então acredito que vocês vão aproveitar bastante essa reflexão, vai ajudá-los a trabalhar melhor em suas empresas e seus negócios.

Lembrando, vou trazer a minha opinião aqui, quero gerar reflexões na mente de vocês meus leitores, não quero briga, não quero discussão, aqui é um ambiente para crescimento.

Então vamos lá, vou explicar por que eu, Dr Gestão, não defendo meta.

Não é Meta, é Objetivo – O que seria meta?

Primeiramente, eu não defendo de forma alguma tirar a meta e deixar elas por elas. Não, seu navio precisa de um norte, de uma direção para a qual ele vai navegar todos os dias.

Eu gosto de colocar indicadores no lugar das metas. A meta por si só é um ponto a alcançar, já os indicadores nos dão o reflexo de como estão as coisas praticamente em tempo real.

Gosto bastante de colocar indicadores em televisões, que você pode estar trabalhando e só levanta a cabeça e já vê todas as informações que precisa ver imediatamente.

Uma fotografia da situação atual da sua empresa, ou seja, para o empresário é simplesmente o mais importante. É legal alcançar a meta? É, é sim. Agora, é muito mais importante você saber como sua empresa está indo, se está melhorando ou piorando.

Indicadores apoiam a tomada de decisão. Então você como capitão do navio que é sua empresa, tem que saber o mais rápido possível se algo está errado.

E essa visão infelizmente a meta não traz. A meta é aquele destino a ser alcançado, porém ela por si só não nos mostra nada sobre estarmos indo na direção certa ou não.

Não é Meta, é Objetivo – Capacidade de Produção

Vamos supor que hoje temos que produzir 2.000 peças/dia. Está bem claro o que temos que fazer. Porém, a capacidade da empresa é 1.500 peças por dia. E aí o que o empresário faz? Chama as 2.000 mil peças por dia de meta.

E ele apresenta para toda a empresa. “Nossa meta é alcançar 2.000 peças por dia”. Mas meu leitor… Você concorda comigo que a capacidade da empresa é de 1.500 peças, então na situação atual dela, ela pode produzir só 1.500 peças?

Essa meta é impossível de ser alcançada, não depende da performance dos funcionários. Os funcionários trabalhando com o máximo de eficiência vão fazer as 1.500 peças.

Agora a coisa muda quando nós chamamos as 2.000 peças de objetivo, ou seja, algo alcançável se seguir as ações corretas.

O segredo é trabalhar com energia. Juntando energia eu não preciso me preocupar com a meta. Está claro isso?

Eu tenho um teto para produzir, se eu tenho energia do colaborador e o tempo do dia, você vai conseguir ter resultado.

Repare que se você tenta colocar a meta acima da capacidade produtiva, tem 2 desafios envolvidos, pois, as empresas me chamam por que não conseguem atingir nem a capacidade produtiva delas.

Agora imagina superar esse valor limite???

Não é Meta, é Objetivo – Limites

Várias empresas fazem de tudo para bater os valores produtivos todos os dias, mas ao final da semana percebem que chegaram perto, porém não bateram.

Repare que estamos falando aqui ainda de atingir os 1.500 de produção diária que é capacidade instalada da empresa. Os 2.000 mil aqui no cenário é totalmente inviável.

E outra questão importante, para uma empresa que tem capacidade produtiva de 1.500 produzir 100% desse valor, precisa extrair o máximo do potencial dela.

Ou seja, os funcionários vão acumular stress, as máquinas também, o processo precisa estar bem assertivo para não perder tempo.

E mesmo assim, após algum tempo todo esse stress acumulado vai cobrar seu preço, você vai ter funcionários ficando doentes, máquinas quebrando antes do tempo, produtividade caindo etc.

O funcionário vai manter aquela produtividade por um tempo, até que não será mais possível. Assim sua produtividade irá cair por esse stress que está se acumulando e para de alcançar as metas.

Ai o gestor o que faz? Motiva seu profissional com palavras positivas e incentivo? Não meus leitores, ele critica, ele ataca, ele tenta colocar mais pressão.

Na cabeça dele o funcionário não está rendendo por preguiça, por estar desmotivado ou qualquer motivo doido que vier na cabeça dele.

Gosto de dizer que o trabalho do líder é servir, e é isso que os gestores acabam pecando, afinal, quantos gestores você conhece que tem essa visão de servir as suas equipes?

Objetivos

Repare que o nome não importa, se você quiser chamar de meta e trabalhar como objetivo, tanto faz meus leitores, todavia, quebre o conceito de meta que está enraizado no mental dos nossos empresários.

Meta é um piso claro que deve ser atingido sempre. Agora objetivo é um teto claro que deve ser atingido.

Quando trabalhamos com meta, sempre devemos superá-la, superar este piso.

Agora ao trabalhar com objetivos a história muda. Queremos alcançar o objetivo, quanto mais perto deste teto chegarmos melhor. Nossa grande vitória é alcançar o objetivo.

Para alcançar o objetivo você tem que garantir que o ambiente esteja favorável para isso. Então um bom layout, manutenções preventivas feitas, banheiro, bebedouro, ambiente bem iluminado etc.

Objetivo é onde eu quero chegar, uma direção e não uma quantidade. Objetivo é um propósito.

                 Profissionais

O fator mais determinante neste assunto todo é o profissional, então deixei ele para o final.

Se o seu profissional está com problemas em casa, está com aluguel atrasado, está com parentes no hospital, não tem dormido direito. Você acredita que ele vai trabalhar no melhor potencial dele?

Não vai meu leitor. Você pode conhecer ele por anos, vai reparar que o trabalho dele vai fraquejar, portanto, vai sofrer uma redução de qualidade. E o que muitos empresários fazem na situação. Demissão e substituição.

Onde que isso traz confiança para a família que é a sua empresa? Os outros profissionais vão ficar com um sentimento de medo, de desconfiança, que se eles tiverem qualquer problema serão demitidos também.

E dessa maneira você criou um ambiente improdutivo generalizado, portanto, seus colaboradores estão ansiosos, pensando que vão ser demitidos por não estarem trabalhando bem, não se sentem seguros.

Por este motivo que eu digo, o objetivo é direcional, deve ser algo alcançável. E para isso acontecer você precisa que seus funcionários tenham todas as condições para trabalhar sem impedimentos e se sintam seguros.

Caso algum dos colaboradores esteja passando por momentos difíceis, ampare ele. Forneça todo o apoio que for possível nas suas condições. Isso trará segurança para os demais, ou seja, vão se sentir valorizados.

Um funcionário valorizado trabalha por dois, porém, agora um funcionário inseguro e ansioso trabalha por meio.