Modelagem de roupas: arte ou técnica?

Hoje vamos tratar de modelagem de roupas e da evolução que esse trabalho teve ao longo do tempo nas confecções de vestuário. Por isso, lembrei-me de Frederick Lagem, que foi um habilidoso artista plástico sueco. Seu traçado era preciso e seus desenhos uma perfeição. Com o bico de pena, rapidamente ele marcava alguns pontos e obtinha figuras belíssimas de pessoas e paisagens. A habilidade manual para o desenho é um dom natural, que é sempre bem-vindo para quem trabalha com papel e lápis.

No ramo do vestuário temos o profissional modelista, ou seja, o que modela a roupa e faz o molde. Em algumas empresas esse profissional é um verdadeiro artista. Na modelagem de roupas, para cada novo modelo, ele faz um molde totalmente novo. Já as peças pilotos, quando reprovadas por necessidade de ajustes (apertar um pouquinho o quadril ou descer o comprimento), são corrigidas com rapidez utilizando-se o “olhômetro”. Normalmente como a aferição do olhômetro é razoavelmente boa, e somada à vasta experiência com consertos, as peças são aprovadas após serem repetidas várias vezes.

Modelagem de roupas passou da arte para a técnica
Modelagem de roupas evoluiu ao longo do tempo para atender às necessidades da indústria

Mesmo assim, há empresas que já saíram desta era “arte de modelar” e agora usam o ”estudo da arte” em modelagem de roupas, que é a utilização da tecnologia digital, mais precisamente do CAD (Desenho Assistido por Computador).

A modelagem de roupas técnica usa parâmetros e regras bem definidos para o desenvolvimento de um produto. Os moldes são desenvolvidos diretamente no monitor por programas que possuem todo o ferramental necessário para uma boa modelagem, o que agiliza e muito o trabaho do modelista. As correções de provas são feitas com dados numéricos (diminuir 2 centímetros no quadril e aumentar 2,5 centímetros no comprimento da perna) e corrigidas com rapidez e precisão digital.

A maioria das empresas não está em nenhuma das duas situações, mas no meio do caminho. Alguns pontos são importantes para que a produtividade do processo de modelagem de roupas possa ser boa. Confira, a seguir.

  • Faça moldes bases para os tipos de produtos que trabalha e construa modificações em cima da base.
  • O principal instrumento de modelagem de roupas é a ficha técnica, que deve ser desenvolvida no estilo ou no produto. Nela deve constar a base mais próxima. A partir daí faça os ajustes.
  • Para desenvolver produtos sem ficha técnica, mas com uma peça para ser clonada, cuidado com as medidas da peça pronta. O material usado de inspiração pode ter sofrido modificações com lavagens ou uso. Mesmo desmanchando as partes e copiando, considere essas variáveis e faça acertos de curvas e retas.
  • Quando utilizar o CAD, digitalizando o molde, deixe a ampliação para o programa, mas plote uma grade completa e verifique as medidas antes de produzir.
  • Arquive somente os moldes aprovados e as bases. Evite excesso de moldes tanto de papelão quanto digitais.
  • Com o custo dos sistemas de CAD cada vez mais baixos, e uma variedade de produtos para atender todas as camadas da confecção do vestuário, como a tecnologia de modelagem de roupas digital, as empresas vem cada vez menos utilizando o artista (Mão de Lagem) para trabalhar mais com o técnico.

Aproveite para assistir, em seguida, ao vídeo que gravei sobre a importância da ficha técnica para a modelagem de roupas e para a pilotagem. Acompanhe.

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